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actividades complementares abril 2010 _ porto

Nos últimos dias tiveram lugar quatro actividades complementares promovidas pelo dMpM2 Porto. Estas visitas pretenderam fomentar o contacto com órgãos de poder local e com um dos mecanismos governamentais portugueses para a Igualdade de Género, e ainda proporcionar o contacto com a componente artística onde o género também está presente.

Visita a uma Junta de Freguesia

No dia 9 de Abril fomos recebidas pela Presidente de um Junta de Freguesia do concelho do Porto, onde foi possível desenvolver um diálogo com as mentoradas, numa perspectiva de partilha de experiências.

Visita à Câmara Municipal do Porto

No dia 12 de Abril foi-nos proporcionada uma visita guiada a alguns dos espaços da Câmara Municipal, assim como do Centro Histórico do Porto. Entre estas visitas fomos recebidas pelo Vice-Presidente, Álvaro Castello-Branco, pela Responsável da Divisão Municipal de Apoio à Infância e Juventude, Berta Lima, e por duas técnicas desta divisão, Carla Oliveira e Lurdes Alves. Foram-nos apresentadas algumas das iniciativas que estão a ser levadas a cabo no município ao nível da juventude, bem como da promoção da igualdade de género (ao nível da infância).

Visita à Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género – Delegação Norte

No dia 16 de Abril fomos recebidas pelo Vice-Presidente deste organismo, Manuel Albano, bem como por Rosa Oliveira. Esta visita permitiu aprofundar o conhecimento sobre a missão e objectivos deste mecanismo institucional para a Igualdade, conhecer algumas das iniciativas que estão a ser levadas a cabo, assim como promover um debate acerca das questões da igualdade de género. No final, as mentoradas tiveram ainda a oportunidade de conhecer o Centro de Documentação da CIG.

“Antígona”

Na noite do dia 16 de Abril, as jovens assistiram ao espectáculo “Antígona”, no Teatro Nacional de S. João, em que a protagonista é uma mulher que desafia o homem detentor do poder máximo na cidade de Tebas (local onde se desenrola a acção). Esta foi uma experiência muito apreciada pelas mentoradas do projecto.

Visitas a órgãos de Poder Político dMpM2 Lx (1) – Junta de Freguesia de Benfica

No dia 31 de Março, as mentoradas do dMpM2-Lx Adriana Delgado, Helena Magalhães, Jaqueline Silva, Neuza Oliveira e Tânia Spranger foram recebidas pela Presidente da Junta de Freguesia de Benfica, Dra. Inês Drummond, nas instalações da mesma, em Lisboa.

Esta é a primeira de um conjunto de visitas a órgãos de Poder Político e outros organismos institucionais de promoção de políticas públicas, que o dMpM2 procurará proporcionar.

(à direita – Dra. Inês Drummond, Presidente da JF Benfica)

Sabemos que o Poder local é, por excelência, o Poder de contacto directo com as cidadãs e os cidadãos, e o grande impulsionador para a participação efectiva delas e deles, na medida em que permite uma maior percepção do objecto das políticas desenvolvidas e uma maior aproximação dos Executivos à população que os elege. Foi, aliás, um aspecto visível na nossa visita, uma vez que as e os fregueses interpelavam a Senhora Presidente, cumprimentando-a, colocando questões e felicitando-a pelo trabalho desenvolvido.

A escolha pela Junta de Freguesia de Benfica criou um momento de diálogo entre a Autarca, mulher e jovem (tendo sido estes os critérios que utilizámos para a escolha da Junta de Freguesia de Benfica), permitindo assim às jovens conhecerem a sua experiência pessoal no percurso da sua larga participação cívica e política.

Foram trocadas impressões sobre a Paridade nas estruturas políticas, a igualdade de oportunidades numa perspectiva etária, a aproximação da juventude à Política Local e a observação do princípio do mainstreaming de género no desenvolvimento das políticas públicas e de emprego. A Presidente dirigiu ainda uma visita guiada às instalações da Junta, o que permitiu o conhecimento da estrutura organizacional do trabalho ali desenvolvido.

A Dra. Inês Drummond foi eleita Presidente da Junta de Freguesia de Benfica em Outubro de 2009. Tem trinta e cinco anos e é Licenciada em Relacões Internacionais e Mestre em Desenvolvimento e Cooperação Internacional pelo ISEG/UTL. É Vice-Presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) desde Abril de 2004 e membro do Secretariado Nacional da UGT desde Outubro de 2004.

O dMpM2-Lx muito agradece à Senhora Presidente da Junta a atenção dispensada, bem como a todas as pessoas que nos receberam no local. Um bem-haja e continuação de bom trabalho autárquico!

Sessão de Sensibilização na UTAD

No passado dia 24 de Março, entre as 14h30 e as 17h30, Catarina Arnaut e Patrícia São João realizaram uma sessão de sensibilização para vinte e oito alunas/os do 3º ano da licenciatura em Serviço Social, da disciplina de Exclusões Sociais, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

O Professor Humberto Martins, docente desta disciplina, contactou a REDE com o intuito de proporcionar às/aos suas/seus alunas/os o contacto com uma associação que trabalhe questões que de alguma forma não estejam presentes no currículo da licenciatura, como forma de tornar estas/es técnicas/os em formação mais conscientes na sua futura intervenção.

Através de dinâmicas de educação não-formal pretendeu-se explorar a evolução histórica dos direitos humanos das mulheres, desenvolver no grupo o interesse pelo conhecimento de diferentes processos e referências históricas do movimento feminista e explorar algumas questões e conceitos relacionados com a igualdade de género.

Posteriormente, decorreu um profícuo debate com a participação das/os alunas/os e explorou-se um pouco o projecto dMpM2.

Iniciativas desta índole são essenciais para disseminar e despertar a atenção para as questões da igualdade de género.

dMpM2 no Encontro Ibérico e Mostra de Produtos “Mantém-te Firme”

No passado dia 23 de Março de 2010, o dMpM2 esteve presente no Encontro Ibérico e Mostra de Produtos no âmbito do projecto “Mantém-te Firme” promovido pela Fundação ADFP, de Miranda do Corvo.

Este evento proporcionou uma partilha de boas práticas através da apresentação de vários projectos que estão a ser implementados de Norte a Sul do país, co-financiados pelo Fundo Social Europeu (Eixo 7. Igualdade de Género). Neste evento esteve presente a actual Presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, Sara Falcão Casaca.

A acompanhar a Equipa Técnica do dMpM2 Porto (Catarina Arnaut e Patrícia São João) estiveram três mentoradas, Márcia Bartolo, Mariana Moutinho e Renata Coelho.

Mentoradas do dMpM2 e a dimensão Europeia

No passado dia 23 de Março, as mentoradas Catarina Mendes (dMpM2-Porto), Cláudia Sofia Gomes e Tânia Spranger (dMpM2-Lisboa) estiveram, juntamente com a equipa dMpM2-Lisboa, estiveram presentes no Seminário “Os Cidadãos e o Tratado de Lisboa”, na Sala do Senado da Assembleia da República, em Lisboa.

Este seminário (programa completo aqui) foi organizado pela Comissão de Assuntos Europeus da Assembleia da República, em conjunto com a Representação da Comissão Europeia e o Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal.

Foram expostos e debatidos temas como o reforço dos mecanismos da democracia participativa na estrutura da democracia representativa, o papel dos parlamentos nacionais no reforço da cidadania Europeia e a Iniciativa de Cidadania Europeia, consagrada no Tratado de Lisboa.

Neste contexto de reforço da participação de toda a comunidade europeia, é importante reforçarmos a certeza de que também as cidadãs da União Europeia têm um papel a desempenhar na vida cívica e política desta dimensão da cidadania.

O 8 de Março em Lisboa – depoimento de uma jovem mentorada

Chegado o grande dia, às 8h da manhã de uma segunda-feira começámos a distribuição de jornais e pins, explicando ao mesmo tempo o sentido deste dia, tarefa que não foi tão fácil como eu pensava. Tive de saber lidar directamente com a indiferença e ignorância de alguns e algumas, e ouvi comentários como “isso não é preciso”, “não vale a pena”, “para quê?” ou até mesmo “não quero comprar nada”. Isto fez-me lembrar as aulas de economia em que a professora explicava a frase “não há almoços grátis”, que é como quem diz, hoje em dia ninguém dá nada a ninguém. Assim sendo, expliquei que não estávamos a vender nada, mas sim a pedir somente 5 minutos de atenção para poder DAR não só um papel e um pin, mas também informação e consciência, fundamentais para a plena vivência entre seres humanos, pois tal como disse um tal Primeiro-Ministro, “se pensam que a educação é cara, experimentem viver na ignorância”.

Já na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa, a abordagem foi mais fácil. As/os estudantes e funcionárias/os perceberam a nossa mensagem e discutiram entre si a “questão das mulheres”. A acção terminou da melhor maneira, com aplausos, deixando-me com o sentimento de dever cumprido.

Após tudo isto, concluo dizendo que é preciso mudar, é preciso agir, é preciso fazer, em nome da indiferença e ignorância que continuam a existir a um elevado e preocupante nível. Nós, um grupo de miúdas (perdoem-me a expressão) fizemos a diferença, indo mais além do pensar, indo mais além das/os que falam, falam, falam, mas que no fim não fazem nada, ou daqueles/as que tendo consciência dos problemas olham para o lado e dizem “coitadinhas”, continuando o seu caminho. Nós, um grupo de miúdas fizemos a diferença e iremos continuar a fazer com toda a certeza, porque tudo isto é preciso, vale a pena, e é por nós, para nós.

Termino com um texto que diz o seguinte:

“Actualmente, tem-se a pretensão de que a mulher é respeitada. Uns cedem-lhe o lugar, apanham-lhe o lenço: outros reconhecem-lhe o direito de exercer todas as funções, de tomar parte na administração, etc.; mas a opinião que têm dela é sempre a mesma – um instrumento de prazer. E ela sabe-o. Isso em nada difere da escravatura. A escravatura mais não é do que a exploração por uns do trabalho forçado da maioria. Assim, para que deixe de haver escravatura é necessário que os homens cessem de desejar usufruir o trabalho forçado de outrem e considerem semelhante coisa como um pecado ou vergonha. Entretanto, eles suprimem a forma exterior da escravatura, depois imaginam, persuadem-se de que a escravatura está abolida mas não vêem, não querem ver que ela continua a existir porque as pessoas procedem sempre de maneira idêntica e consideram bom e equitativo aproveitar o trabalho alheio. E desde que isso é julgado bom, torna-se inevitável que apareçam homens mais fortes ou mais astutos dispostos a passar à acção. A escravatura da mulher reside unicamente no facto de os homens desejarem e julgarem bom utilizá-la como instrumento de prazer. Hoje em dia, emancipam-na ou concedem-lhe todos os direitos iguais aos do homem, mas continua-se a considerá-la como um instrumento de prazer, a educá-la nesse sentido desde a infância e por meio da opinião pública. Por isso ela continua uma escrava, humilhada, pervertida, e o homem mantém-se um corruptor possuidor de escravos.”

Leon Tolstoi, in ‘Sonata a Kreutzer’

texto escrito por,

Tânia Spranger, Mentorada dMpM2-Lisboa

dMpM2 Lisboa: 8 de Março em vídeo

A acção de rua das mentoradas do dMpM2-Lisboa já pode ser visualizada no youtube, no canal da REDE: www.youtube.com/RPJIOMH.

Para ver directamente o vídeo, segue o link: http://www.youtube.com/watch?v=dx9Xxmh-bZc.

Dia Internacional das Mulheres em Lisboa

600 Lisboetas receberam das mãos de algumas mentoradas do dMpM2-Lx o jornal informativo sobre o Dia Internacional das Mulheres.

Ana Velez, Catarina Correia, Dalila Santos, Denise Camacho, Evódia Gomes, Helena Magalhães, Jaqueline Silva, Margarida Machado, Neuza Oliveira, Sofia Gomes e Tânia Spranger circularam pela Baixa Lisboeta entre as 8h e as 10h da manhã, interagindo com a população e propondo uma reflexão acerca de Igualdade, Paridade e Acção!

Distribuíram, para além dos jornais, alguns crachás com mensagens alusivas a este Dia.

Das 11h às 14h30 as mentoradas estiveram na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa, onde chamaram a atenção para a necessidade de se assinalar o Dia Internacional das Mulheres através de uma sequência de cartazes:

1º Cartaz: 8 de Março

2º cartaz: Dia Internacional das Mulheres

3º cartaz: Faz sentido assinalá-lo?

4º cartaz: As Mulheres…

5º cartaz: … ganham menos 22% que os Homens

6º cartaz: … gastam + 16h/semana em trabalho não pago

7º cartaz: … são as principais vítimas de violência.

8º cartaz: E agora?

9º cartaz: Para o ano, JUNTA-TE A NÓS!

Com as mentoradas, nesta acção, esteve também um voluntário, Bruno Góis, uma voluntária da REDE, Nora Kiss, e a equipa de projecto.

100 Desigualdades _ o dia seguinte à acção de rua

624 é o número de pessoas que participaram activamente na actividade “Já pensou no que fazer hoje?”. As opiniões dividiram-se entre as opções disponíveis: “Mudar” (120) | “Reflectir” (115) | “Agir” (389). Estes números levam-nos a crer que as cidadãs e os cidadãos compreendem a premência e a necessidade de produzir “acção” para  termos uma atitude/comportamento proactivo no que concerne às questões da igualdade de género.

     

As Mulheres e os Homens, de todas as faixas etárias, foram abordadas/os durante a acção, entre 12h00 e as 15h00 e as 17h00 e as 19h30, na Rua de Santa Catarina (Porto), de forma a potenciar uma sensibilização através de uma conversa informal onde se tentou esclarecer a importância e o significado da comemoração do Dia Internacional das Mulheres.

A actividade desenvolvida permitiu um maior envolvimento das cidadãs e dos cidadãos, mostrando-se disponíveis para conversar, discutir opiniões e obter mais informações sobre o dia e as desigualdades às quais as mulheres ainda estão expostas.

   

Estas iniciativas de contacto directo com a população são fulcrais, uma vez que nos permitem abranger pessoas dos mais variados contextos e idades.

A dinamizar esta acção estiveram as mentoradas do projecto Ana Carla Amorim, Catarina Mendes, Joana Soares, Joana Topa, Márcia Bartolo, Margarida Bessa, Mariana Moutinho, Marisa Macedo, Núria Rodrigues, Renata Coelho e Rita Machado, juntamente com a Equipa Técnica do projecto.

    

Os media marcaram também a sua presença:

 

Jornalismo Porto Net

Porto Canal (8 de Março, entre as 19h30 e as 20h45, na rubrica “Porto Alive!”)

 

Para consulta da versão sucinta do flyer “100 Desigualdades” clique aqui | versão integral do flyer aqui

Igualdade, Paridade, Acção! – 8 de Março em Lisboa

Jovens saem à rua em Lisboa no 8 de Março para celebrar conquistas e assinalar as desigualdades que ainda nos afectam: violência no namoro, saúde sexual e reprodutiva, acesso ao primeiro emprego, desigualdade salarial, participação cívica e política.

Das 8h00 às 10h00, entre o Largo do Camões e a Baixa Lisboeta, jovens do projecto dMpM2 – De Mulher para Mulher – um projecto de empowerment para a participação cívica e política de jovens mulheres em Portugal –  vão distribuir um jornal de sua autoria (clique aqui para download do jornal), crachás alusivos ao Dia Internacional das Mulheres e mobilizar a população em geral para a Igualdade, Paridade e Acção!

Das 10h30 às 13h00h, em frente à Esplanada da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, no Campo Pequeno, haverá uma outra acção visando a mobilização e envolvimento das e dos estudantes nas questões da Igualdade.

Iniciativa promovida pela Rede Portuguesa de Jovens para a Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens em parceria com a Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa e com a colaboração de Anália Torres, Presidente da Associação Europeia de Sociologia e João Esteves, autor da obra Mulheres e Republicanismo, no âmbito do jornal.

Mais informações:

Danielle Capella e Silvia Vermelho (917818727)